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quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

CONVITE

1 EXPOSIÇÃO DE PRESÉPIOS DA PARÓQUIA DE TAPIRATIBA
De 10 de dezembro de 2010 a 09 de janeiro de 2011 no Centro Pastoral Dom Tomás Vaquero estará acontecendo a 14ª Exposição de Presépios da Paróquia de Tapiratiba- SP com o tema: "Nasceu a vida que é luz dos homens" (Jo 1,4)
A  abertura constará de uma celebração, que culminará com a benção dos presépios pelo pároco Luiz Carlos Gonçalves (Pe. Lu). Logo após será iniciada a visitação ao público.
A Exposição está sendo montada em vários ambientes que contam a história desde a criação do mundo ao nascimento do Salvador, com painéis da Idade da Pedra a futuristas.
Várias pessoas da comunidade e  de outras cidades estão trabalhando há 2 meses para que o resultado alcançado tenha o mesmo brilho das 13 anteriores.
É a união de voluntários  fazendo um trabalho de evangelização através da arte, incentivando o turismo religioso que se tornou uma tradição em Tapiratiba.
Poderá ser visitado também o Museu do Presépio no prédio do Centro Pastoral, onde estão obras expostas em anos anteriores.
No recinto funciona também uma cantina onde são servidos salgados saborosos e bebidas, para acolher os visitantes.
A exposição será promovida de segunda a sábado das 18:00h às 22:00h, e aos domingos e feriados das 16:00 às 22:00h.
Programe sua visita à exposição e confira!

segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

Crônica

“UM ARTISTA ABRE O LIVRO DAS TRANSFORMAÇÕES”

Renato José da Silva

Uma expressão latina define toda a magnífica arte de Roberto Rocha: carpe diem!   Aproveite o momento, o dia. É assim que me senti – no mais puro limiar da infância, no primoroso gesto de abrir o livro das recordações e deixar fluir a imaginação dantes adormecida e tão silente! Porém, que renasce como um soprar da poeira que ainda resiste sobre o baú da memorial relutância da vida que, embora a tachemos de finita sabedoria e limitada felicidade, compreendemos na mais exata casmurrice, que somos infelizes ao querermos, concisamente, procurara a definição precisa da vida: daquilo que somos, do que fomos e, se possível, no porvir, no que seremos...
Parei. Comecei uma fidedigna análise da minha vida. Imaginei-me no lugar do contador de estórias. Se eu abrisse o livro da minha vida – talvez similar ou maior que o exposto, e dele retirasse o que realmente interessasse, o que eu exporia?
Seria, porventura, benquisto pela platéia?
Fui além e percebi que a filosofia do meu pensar abstrato era assustadoramente mais real que eu imaginava e que, a vida nos amedronta, não por pensarmos demais acerca dela, e sim, por pensarmos menos em coisas e fatos que realmente importam.
Logo, neste velho baú prosaico, de tão distintas e imaginativas estórias, eu adentrei no livro dos contos e pensei: que tipo de personagem eu estou desempenhando atualmente? O louco? O caricato? O sensível? O indiferente? Dentro desta mágica fábrica de sonhos chamada vida, percebi que não só as histórias eram análogas e quiméricas, como também feitas de gotículas de realidade.
No entanto, não sei se descobri tardiamente que no fundo somos todos crianças envoltos numa redoma carcerária chamada: maturidade, e assim, como a uma noz é preciso que se quebre a dura casca para que se sinta a delícia do sabor do fruto, é necessário que quebremos  o elo que une a invencível idéia da velhice mascarada e sintamos, cotidianamente, a pureza de sermos mais e mais a eterna criança que habita em nós.
Parabéns ao Roberto Rocha pelo excelente desempenho artístico de sua ars gratia artis!
Precisamos deixar que nosso manancial de sentimentos bons e favoráveis transborde e transforme o mundo – hoje: frio e caótico.
Num mundo onde o gesto de benevolência se tornou démodé, é fator obrigatório que paremos e reflitamos sobre os pormenores que, se para a sociedade corriqueira parece anormal e espantosa, é nosso dever o provar o contrário. Ora, se um simples cumprimento direcionado ao próximo parecer esquisitice ou espanto, aonde chegaremos?
Mais uma vez, meus agradecimentos a Roberto Rocha por iniciar sua oficina tratando deste assunto tão importante.
É desconcertante termos que falar de assuntos triviais, mas a maior dádiva do ser humano ainda é o impactante contato de sermos “humanos” uns com os outros. Como disse Alberto Caeiro: “Sinto-me nascido a cada momento/ Para a eterna novidade do mundo”.
E se “tudo vale a pena, se a alma não é pequena”, como versou Fernando Pessoa, deixemos de alimentar a alma, diminuindo-a? E você, tem alimentado a sua com coisas boas e prestáveis?
Fecho este parafraseando a célebre frase dita por Roberto Rocha quando disse que “Charles Chaplin soube como nenhum outro artista, colorir o mundo em preto e branco”. Não só concordo como concluo que é a maneira de cada um observar o outro que faz o mundo tão colorido.
Finda-se este.